Equívocos na conciliação entre medições e faturamento podem comprometer contratos e gerar prejuízos no setor de infraestrutura. Conheça os principais erros e como evitá-los com apoio contábil especializado.
Medição e faturamento não são sinônimos
No setor de infraestrutura, a conciliação entre medições e faturamento é um elo entre o que foi executado, o que será cobrado e o que, de fato, será recebido. Medições são registros técnicos da evolução física de um projeto. O faturamento, por sua vez, reflete a materialização financeira dessas entregas. Quando essa conexão falha, o risco não está apenas na inconsistência dos números, mas também na quebra da confiança entre contratados, contratantes e órgãos fiscalizadores.
Apesar da relevância, não são poucos os contratos que tropeçam nessa etapa. Do atraso na emissão de notas à duplicidade de medições, os erros mais comuns podem se acumular em perdas financeiras e questionamentos jurídicos. Para evitar que isso ocorra, é preciso encarar a conciliação como parte do núcleo de gestão do projeto, e não como tarefa secundária de escritório.
O que está por trás dos erros mais recorrentes
A maioria dos equívocos nasce de lacunas nos controles internos, da ausência de diálogo entre equipes técnicas e financeiras e da falta de um olhar contábil sobre os ciclos de medição. Veja abaixo os pontos críticos:
1. Desalinhamento entre cronograma físico e financeiro
Projetos de infraestrutura vivem sob pressão de prazos e entregas. Nem sempre o que foi executado está de acordo com o que está planejado para faturar. Quando medições são antecipadas ou postergadas sem o devido registro, as inconsistências ganham escala e afetam o equilíbrio contratual. A conciliação deve partir do sincronismo entre cronograma e orçamento, com revisões periódicas validadas tecnicamente.
2. Registros contábeis desconectados da obra
Outro erro comum é o lançamento de receitas em datas incompatíveis com a efetiva execução da atividade. Isso pode gerar distorções no reconhecimento da receita e prejuízos à apuração contábil e fiscal. O ideal é que o reconhecimento do faturamento siga a lógica da competência, não da conveniência, respeitando a aderência entre execução, medição e emissão da nota fiscal.
3. Ausência de auditoria interna sobre as medições
Nem toda medição está imune a erros ou interpretações distintas. Quando a revisão técnica não ocorre de forma independente, os riscos de pagamentos indevidos, retrabalho ou glosas aumentam. O controle contábil deve incluir a revisão documental de cada medição, cruzando dados com contratos, aditivos e boletins de medição.
4. Notas fiscais emitidas com dados incompletos ou incorretos
Erros na descrição do objeto, divergência entre valores medidos e faturados ou o uso equivocado de códigos fiscais ainda ocorrem com frequência. Além de comprometer o processo de pagamento, esses erros podem gerar autuações fiscais e entraves contábeis. O controle cruzado entre setor técnico, contábil e fiscal evita esse tipo de falha.
Falhas que vão além do financeiro
Equívocos na conciliação afetam o fluxo de caixa e desestruturam previsões financeiras, minam a credibilidade do prestador e criam um rastro contábil de difícil reparação. Em contratos públicos, as consequências se ampliam: glosas contratuais, suspensão de pagamentos e restrições para futuras licitações são algumas das consequências possíveis.
De acordo com levantamento da Controladoria-Geral da União, falhas em processos de medição e faturamento estão entre os motivos mais frequentes para reprovação de prestações de contas em obras públicas. Muitas dessas falhas decorrem não de má-fé, mas da ausência de um sistema eficiente de conciliação e da falta de capacitação técnica nas áreas responsáveis pelos registros.
O papel da contabilidade especializada como agente de prevenção
Um projeto de infraestrutura que deseja estabilidade contratual e financeira precisa integrar a contabilidade desde as primeiras fases. Não se trata apenas de atender à legislação tributária, mas de assegurar que cada etapa do projeto esteja registrada, conciliada e refletida corretamente nas demonstrações financeiras.
A contabilidade especializada entende a linguagem dos contratos de engenharia, conhece as particularidades das medições por regime de empreitada, sabe lidar com regimes tributários específicos e identifica rapidamente discrepâncias que escapariam ao olhar técnico-operacional.
Soluções automatizadas também podem ser aliadas, mas apenas se alimentadas com dados confiáveis e operadas por profissionais capacitados. A automatização do processo fiscal só é eficiente quando há consistência nos registros e conciliação entre os setores da empresa.
Como prevenir erros e estruturar um processo sólido
Algumas medidas práticas podem ser adotadas pelas empresas que atuam em obras de infraestrutura para aprimorar a conciliação entre medições e faturamento:
Confie em quem entende do setor
Ao observar de perto os erros mais frequentes na conciliação entre medições e faturamento, fica claro que não basta cumprir formalidades. É preciso domínio técnico, interpretação contábil e visão gerencial. E quando falamos em infraestrutura, a margem para erro é mínima.
Para empresas do setor, contar com uma assessoria contábil que domine os códigos da engenharia e fale a linguagem dos contratos é um diferencial. A FTP Contábil é referência nesse campo.
Com experiência comprovada em contratos de obras públicas e privadas, oferecemos soluções que vão além da escrituração, entrega previsibilidade, segurança documental e clareza na relação entre execução e receita.
Se sua obra busca esse nível de confiança contábil, fale com a gente e conheça os serviços personalizados para o setor de infraestrutura.
FAQ
1 – Qual é a diferença entre medição e faturamento? Medição é o registro técnico da execução física de uma obra ou serviço. Já o faturamento é a emissão da nota fiscal com base no que foi medido e aceito contratualmente.
2 – Por que a conciliação entre medição e faturamento é crítica em contratos de infraestrutura? Porque garante que o que está sendo cobrado tem base técnica, documental e contratual. Evita glosas, erros fiscais e prejuízos contábeis.
3 – Quem deve ser responsável pela conciliação? Idealmente, um trabalho conjunto entre as áreas de engenharia, contabilidade e faturamento, com apoio de auditoria interna ou assessoria externa.
4 – Há penalidades para erros nessa etapa? Sim. Desde multas fiscais até retenções de pagamento ou suspensão contratual, especialmente em contratos com entes públicos.
5 – Como a FTP Contábil pode ajudar? Com serviços especializados em contabilidade para o setor de infraestrutura, aliando conhecimento técnico de obras com expertise fiscal, jurídica e financeira.
Fonte: VR Soft
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